29 de dezembro de 2009

O clássico erro da New Coke

Qualquer "apanhado" de Erros de Marketing que se preze tem que mencionar esse deslize e não será diferente com esse blog. Vamos relembrar o caso da New Coke?
Em 1985, em meio a uma forte ameaça de perder mercado para a Pepsi, a presidência da Coca-Cola decidiu tomar uma medida drástica: substituir o seu produto mais vendido por uma nova fórmula, supostamente melhor.
Obviamente a mudança foi acompanhada de uma série de pesquisas que afirmavam que, em testes cegos, a preferência pela nova bebida era praticamente unânime. Mas... no teste da vida real o consumidor reagiu de forma diferente e começou a pedir a sua antiga Coca-Cola de volta. E enquanto isso, a Pepsi fazia propagandas dizendo que tinha vencido a "batalha das colas", já que a Coca tinha apelado para uma mudança de produto, assumindo que não era o melhor.
Após 3 meses, em meio a uma situação mais que delicada, a Coca trouxe seu produto original de volta às prateleiras, agora renomeada de Coke Classic, mantendo a New Coke como extensão de linha. Não demorou muito e as vendas da New Coke já não era mais expressivas versus o produto original (leia mais sobre esse caso aqui ou aqui).
Esse acontecimento é uma prova de que nem sempre as pesquisas conseguem determinar o que realmente vai acontecer no mercado. É preciso ter cautela para fazer mudanças tão significativas em produtos que têm uma grande lista de consumidores "apaixonados pelo produto" como a Coca.
A coca reagiu rápido e pagou caro pelo erro, mas conseguiu reverter a situação. Ainda bem que eles não tiveram a brilhante idéia de relançar o produto original como "Old Coke". :-)
É errando que se aprende.

18 de dezembro de 2009

Motorola, Kodak e Palm vão desaparecer em 2010

Todos os anos muitas marcas desaparecem do mercado e nem percebemos. Alguém se lembra da Gurgel, Olivetti, Arapuã ou Mappin? São marcas que passarm por situações financeiras complicadas e acabaram sumindo ou ficando muito menores.
O site 24/7 Wall Street publicou uma lista de marcas que estão com os dias contados. Segundo o texto, Motorola, Blockbuster, Sun Microsystem, Palm, Kodak e Newsweek são fortes candidatas a desaparecerem do mercado em 2010 porque estão em situações críticas de negócios.
É uma pena ver marcas que já foram tão fortes (a Motorola, por exemplo, chegou a ser a 2a maior marca de celulares do mundo e a Kodak sempre foi sinônimo de fotografia) sofrendo as consequências de decisões incorretas e/ou mudanças de mercado. Fica aqui a nossa esperança de que elas consigam virar o jogo.



17 de dezembro de 2009

A diferença de uma boa execução na campanha de OMO

A campanha de Omo que esteve no ar alguns anos - entitulada "se sujar faz bem" - é sensacional. Consegue trazer um benefício funcional (remoção de manchas) e emocional ao mesmo tempo e com a mesma intensidade.
Mas reparei que, na verdade, todo mundo que gosta dessa campanha só lembra das boas execuções de comunicação.
Pesquisando mais a fundo achei uma série de comerciais dentro desta campanha que são menos impactantes. Vejam abaixo dois exemplos claros de execução da mesma idéia.
A primeira é mais "basiquinha", educacional, funcional. A segunda é mais inpiracional, emotiva, profunda. Óbvio que nesta categoria não dá pra ficar o tempo todo apenas com filmes emocionais no ar. Não é isso que quero dizer.
Mas essa comparação é uma prova clara pra mim de como um bom briefing, um bom criativo e uma boa produção por trás de uma boa idéia podem deixá-la ainda mais forte e relevante. Execução é tão importante quanto um bom planejamento, pois é a execução que o consumidor vê!

14 de dezembro de 2009

E o lançamento do ano é... um sanduíche do KFC (?!)

Os Estados Unidos são o berço do Marketing moderno. País ultra consumista, avançado em tecnologia e onde várias tendências mundiais nascem. É também o lugar onde as multinacionais mais investem em propaganda e onde os lançamentos ganham proporções inacreditáveis. Neste cenário, qual você acha que deve ter sido  lançamento de produto mais lembrado pelos americanos em 2009?
Um carro? Um acessório de tecnologia? Um ítem de moda?
Nada disso... foi um hamburger de frango grelhado do KFC.
Que decepção, hein? :-) Parabéns aos marketeiros da KFC, mas quem trabalhou em lançamentos de produtos inovadores deve estar com um gosto amargo na boca a essas horas. Afinal de contas, deveria ser muito mais fácil gerar boca-a-boca (e, consequentemente, LEMBRANÇA) com algo que realmente mude a vida do consumidor do que com um novo sabor de sanduíche, não é?
Ano passado o topo do ranking ficou com o Wii Fit e em 2007 com o iPhone.

Pra quem quiser acessar mais detalhes, veja aqui os rankings: 2009, 2008 e 2007.

Como NÃO fazer do Limão uma limonada

Alguém aí sabe a quantas anda aquele site http://www.limao.com.br/ ?
Cerca de um ano atrás eles investiram pesado em publicidade massiva, contrariando quase todos os negócios na internet (já imaginou ver uma propaganda do Youtube no Jornal Nacional?). Era uma seqüência de propagandas bizarrinhas que comemoravam a entrada de supostos novos usuários no site. Veja um exemplo abaixo:

Confesso que depois de muita insistência da parte deles eu acabei acessando uma vez o bendito site. Layout moderninho, conteúdo alternativo, legal. Nunca mais acessei. Agora minha memória deu um estalo... pra onde será que foi todo aquele investimento?
O site continua lá... me gerando a mesma impressão do começo... algo do tipo: "o que esse portal me entrega que os outros não entregam, mesmo?".
Tive o cuidado de pesquisar pra não falar besteira: segundo o Alexa o Limão é o 817º site mais acessado do Brasil, graças a um bom fluxo que vem do site da radio Eldorado (?). Eles não conseguiram segurar a audiência e hoje têm cerca de 50% dos acessos que conseguiram na época da mídia. Ok, estar entre os top 1000 não é pouco, mas... será que foi pra isso que eles investiram tanto?

10 de dezembro de 2009

Era uma vez uma margarina chamada Doriana

Na década de 70 a Unilever conseguiu mudar o hábito dos consumidores, passando do consumo diário de manteiga animal pra margarina. E assim nasceu a Doriana que nós conhecemos, uma das maiores marcas de alimentos do país. Trinta anos depois (em 2007), a marca foi comprada pela Perdigão - o que parecia ser um excelente negócio, uma vez que a empresa já trabalhava no mercado de refrigerados e tinha um portfolio mais focado que a Unilever.
O que aconteceu? Um verdadeiro exemplo de aquisição que prejudicou uma marca. Em menos de 1 ano a Doriana perdeu a preferência do consumidor e do trade para a Qualy, da Sadia.
Uma pena. Deixaria aqui uma mensagem de incentivo aos responsáveis pela marca se não fosse o fato de que, recentemente, a Perdigão se fundiu com (ou comprou) a Sadia. Grandes chances da marca que criou um "café da manhã feliz em família" acabar virando uma marca de combate.
Era uma vez uma margarina chamada Doriana....

8 de dezembro de 2009

Petrobrás rompe com Flamengo antes de vitória histórica

Petrobrás patrocinou o Flamengo por 25 anos (!), um exemplo de continuidade e construção de marca de longo prazo. Mas... 8 meses antes do clube com a maior torcida do país sair de um jejum de 17 anos e vencer o campeonato de pontos corrido mais emocionante da história, eles romperam o contrato.
Esse momento histórico do Flamengo foi acompanhado de uma explosão de interesse pela sua marca e o jogo final rendeu 50 pontos de audiência no RJ (!!!), mas quem tirou proveito disso foi a Ale, concorrente direta da Petrobrás. Que azar, hein???




7 de dezembro de 2009

Mickey é detido pela polícia na Disney

Quem já foi pra Disney sabe: uma visita ao parque vale uma aula de maketing. É literalmente um exemplo de encantamento do cliente através do bom atendimento, da estrutura, da experiência, etc.
Não há quem chegue lá e não queira usar o chapéu com as orelhas do Mickey ou gastar tudo o que tem nas lojinhas de souvenirs. Impressionante.
Agora imagine que você chega no parque e se depara com... o Mickey sendo preso pela polícia porque estava pedindo aumento de salário?!! Pois aconteceu.
A notícia não é nova, mas vale uma lição sobre a necessidade de protegermos aquilo que existe de mais importante em nossos negócios e marcas. E outra lição sobre como gerenciar situações de risco de imagem. A Disney conseguiu conter rapidamente o caso, mas ainda assim houve multiplicação mundial da notícia.


3 de dezembro de 2009

Telefonica, Itaú e TIM são as mais "reclamadas"

Quando falamos em Marketing, falamos em satisfazer o consumidor. Esse é um grande desafio para as empresas de serviços, que são responsáveis pela maioria dos contatos "fornecedor x cliente" do mercado.
Admiro a coragem de quem se propõe a "servir" o cliente. Os hotéis, companhias aéreas, bancos, empresas de comunicação, etc dependem muito de PESSOAS e suas relações. Estamos falando de negócios que demandam muito investimento em treinamento, padronização, aceleração de processos e até tecnologia.
Mas... o que dizer de empresas que têm o "bom serviço" como missão mas que têm muitos clientes reclamando do tratamento que receberam?
Veja o ranking do Procon/SP com as empresas mais reclamadas em 2008 e tirem suas conclusões:

2 de dezembro de 2009

Produto feito pra usar no avião, mas proibido por companhias aéreas

As fabricantes de celular e de rádio criaram uma função interessante: o "modo avião", que permite que você use todas as funcionalidades do aparelho que não interferem no sistema da aeronave (como os jogos, agenda, músicas, etc) enquanto voa. Não é genial?
Só faltou combinar com as companhias aéreas. Em TODOS os vôos a TAM comunica explicitamente que os celulares devem permanecer desligados durante todo o vôo, mesmo se for no "modo avião". Então pra que serve esse benefício de produto?? Lastimável.


1 de dezembro de 2009

Logos separados ao nascer 2

Já que o meu primeiro post sobre logos parecidos fez sucesso, aproveito pra continuar a lista... é a prova irrefutável de que existe muita coisa copiada ou, no mínimo, pouco original no mundo do design:

Gillette teve que mudar anúncio com Henry segurando bola

A França, uma das equipes de futebol mais fortes do mundo, quase ficou fora da Copa do Mundo de 2010. O time se classificou na repescagem, em cima da Irlanda, com um gol na prorrogação. Até aqui tudo sofrido, mas tudo bem. O problema é que o gol nasceu de um escandaloso toque de mão do Thierry Henry, que fez o jogador ser mal falado no mundo todo e odiado pela colônia irlandesa.
Mas... o que isso tem a ver com marketing? Nada, se a Gillette não usasse uma imagem do Henry COM A MÃO NA BOLA como visual chave de sua campanha Champions (!!).
O que fazer? Photoshop instantâneo, e o Henry largou a bola pra pôr a mão no bolso. Correm até boatos de que a P&G quer romper o contrato com o jogador por causa do risco da associação da imagem a um atleta desleal.
Este é o risco de usar celebridades...